Blog do Chico Maia

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Diferentemente da “era” Felipão, jogadores do Atlético mostram em campo mais união e futebol coletivo

Foto: twitter.com/Atletico

Atlético x Peñarol esta noite em BH. Prazer em ver este time do Galo/Milito jogar
Em sete jogos comandando o Galo, o treinador argentino Gabriel Milito ainda não repetiu a mesma escalação inicial. Com quatro vitórias e três empates, opta por jogadores e estratégias diferentes para cada adversário, com uma característica própria: ousado, sem medo de perder, e por consequência, “sem medo de ser feliz”.
Tem dado certo. Ele está sabendo utilizar todo o potencial dos jogadores à sua disposição. Conquistou a torcida com o seu jeito despojado, dentro e fora de campo. Nas entrevistas é claro, sem rodeios, respeita e se faz respeitar.
O futebol é uma gangorra, imprevisível, tudo é possível em cada partida. Nenhum time é imbatível, mas Milito já conseguiu algo que os últimos antecessores dele no cargo não deram conta: prazer em ver o time jogar, com garra, com jogadas envolventes, passando a esperança de que o gol sairá a qualquer momento porque os jogadores sabem o que fazer em campo, formam um conjunto. Antes, era na base do “cada um pra si e Deus pra todos”.

Foto: twitter.com/Atletico
Vamos ver como será esta noite, 21 horas, contra o Peñarol de Diego Aguirre, que foi técnico do Galo em 2016.
O clube uruguaio é um dos maiores ganhadores da Libertadores: cinco títulos, sendo o último em 1987. Na época já iniciava um período de decadência técnica e financeira. Vem se recuperando, lentamente, e ainda não mete o medo que metia em seus adversários como nos anos 1960/1970. Porém, todo cuidado é pouco. O Criciúma conseguiu sair da Arena do Galo levando dois pontos.
O provável time do Milito para hoje: Everson, Saravia, Jemerson, Battaglia e Arana; Otávio, Alan Franco, Scarpa e Zaracho; Paulinho e Hulk.
Trio de arbitragem colombiano: Andrés Rojas, com Alexander Guzmán e Jhon Gallego nas bandeiras.
O VAR vem do Equador: Carlos Oribe.

Foto: twitter.com/Libertadores


Cruzeirense, de Montes Claros, sugere que Ronaldo continue, mas passe o comando da SAF ao Pedrinho do Supermercados BH

Foto: Cruzeiro EC/Gustavo Aleixo

A falta que faz um time e uma diretoria competente ao Cruzeiro

(Imagem: twitter.com/home)
Um dos maiores conhecedores de futebol que conheço é o ex-jogador e treinador Procópio Cardozo. Ao ver essa lista oficial dos relacionados para o jogo do Cruzeiro em La Calera/Chile, pela Copa Sul-americana, ele twittou:
@procopiocardozo “Quem sou eu para aconselhar o Fernando Seabra, mas se pudesse diria a ele: faça o simples. João Marcelo e Zé Ivaldo não podem ficar fora são os melhores dessa relação; volante tem que competir, não pode marcar com o olho. E atacante tem quem aguentar correr e ainda chutar pro gol”.

Quase todos os cruzeirenses com quem converso também pensam assim, e eu também.
O Amaury Alkimim, cruzeirense de Montes Claros, também pensa e defende que Ronaldo continue na cúpula da Raposa, mas passe o comando para quem vive verdadeiramente o Cruzeiro e sofre no dia a dia, como a torcida está sofrendo: Pedrinho do Supermercados BH.


Vale a pena ler a opinião do Amaury e seria ótimo se o Ronaldo usasse o bom sendo e acatasse a sugestão:
“Chico, Bom Dia! Deu a lógica.
Meu Cruzeirão está com um plantel muito, mas muito inferior ao nosso rival. Nosso estagiário de técnico parece muito perdido.
Chico do céu, que defesa horrorosa essa do meu Cruzeiro! Eles ficam olhando a bola que nem um bando de “Dalua” e não marcam os adversários. Todos os gols que levamos do Atlético Mineiro este ano foram descuido, vacilos do sistema defensivo. Eles ficam marcando com os olhos, de longe, alguns com as mãos na cintura ou tirando meleca do nariz.


Alguém tem que ensinar para eles marcar o adversário e não a bola. É preciso treinar sem bola; treinar posicionamento para anteciparem às jogadas para não acontecer que cheguem atrasados. Deixar Hulk, Scarpa, Arana, Zaracho livres para finalizar é covardia.
Olha, agora já tenho condições de emitir opinião sobre as contratações deste ano: TODAS FRACAS. Barreal é inferior ao Robert e João Pedro. Outra coisa, esse Paulo André é um malfeitor para o Cruzeiro desde quando era zagueiro e caminhava na zaga que nem Lucas Silva hoje (que se arrasta em campo e ninguém tira).


Por fim, o ideal seria Ronaldo vender 50% das ações da SAF para Pedro Lourenço, fazendo uma parceria interessante; R9 ainda continuaria lucrando (sua meta) emprestando sua grife à instituição e Pedro Lourenço entraria com a grana e amor ao time. Sem contratações boas repetiremos o sofrimento do ano passado. Ajustes já! Ah, ainda bem que foi só de 3×0, pois com o elenco que o rival tem (e nós não temos) poderia ser bem pior.”
Amaury Alkimim – Montes Claros


Galo 3 x 0 Raposa: para Felipão ver e aprender como se faz num clássico como este, em casa

Foto: twitter.com/Atletico

Que partida do Atlético! 3 a 0 sem contestações

Essa primeira vitória do Galo sobre o Cruzeiro em sua casa foi muito bem resumida pelo Guilherme Frossard, ex-Globo, na twittada que deu depois da partida, que deveria ser dedica ao Luiz Felipe Scolari:
@guifrossard
“Milito explicou a opção por Battaglia como zagueiro: queria anular Matheus Pereira como falso 9 (como apareceu em outros clássicos) e melhorar a saída de bola por dentro. Deu muito certo. Como é bom ver entrevistas coletivas de treinadores que explicam com clareza o que fazem…”


Fatura liquidada no primeiro tempo: Zaracho aos 24, Paulinho aos 34 e Arana aos 46.
Com 39.541 presentes, renda de R$ 2.151.652,52.


Difícil dizer quem foi o melhor em campo: Gustavo Scarpa ou Zaracho, mas todo o time do Atlético jogou muito.


América ficou no quase na estreia e mais um clássico de prova de fogo na casa do Galo esta noite

(Foto: twitter.com/Atletico)

América deixa 2 pontos em Ribeirão Preto e hoje tem prova de fogo para Atlético e Cruzeiro

Uma pena que o Coelho não tenha resistido por mais dois minutos para retornar com três pontos da abertura da Série B 2024. Mandou na partida até abrir o placar, aos 16 do segundo tempo. A partir daí o Botafogo foi com tudo pra cima e aos 46 empatou.


Dois gols de cabeça. O autor do gol americano, Renato Marques, disse depois do jogo: “empate com sabor de derrota”. Verdade verdadeira. Bernardo Schappo fez o gol dos donos da casa.

(Foto twitter.com/AmericaFC1912)


Fico imaginando como o futebol “profissional” brasileiro vai sobrevivendo com públicos e rendas como este em Ribeirão Preto, e maioria das partidas da Série B, do América inclusive: pagantes: 3.628; presentes 4.082. Renda: R$ 53.065,00.
Dureza!


Próximo jogo do América, sábado, dia 27, contra o Novorizontino, às 18 horas, no Independência.

Hoje, 21 horas, o nosso maior clássico na casa do Galo novamente, onde o Cruzeiro venceu duas e empatou uma. Pressão a mais no time do Gabriel Milito: quebrar este “tabu”. Depois de empatar as duas primeiras partidas em 1 x 1.
Contra um adversário de técnico novo e animado por um ótimo começo no campeonato: uma vitória em Belo Horizonte e um empate em Fortaleza.

(Foto: twitter.com/Brasileirao)


Arbitragem do Sul e capixaba: Ramon Abatti Abel (Fifa-SC) com assistência de Rafael da Silva Alves (Fifa-RS) e Alex dos Santos (SC).
VAR: Wagner Reway (Fifa-ES).


Volta de Alexandre Mattos foi uma ótima. Nossos clubes precisam valorizar mais os profissionais mineiros

Alexandre Mattos (camisa branca), entre Marcus Salum (esq.), Diretor de Futebol, Fred Cascardo, e Euler Araújo (Foto Mourão Panda/América)

A volta de Alexandre Mattos acrescenta muito ao América e ao futebol mineiro

Além de “prata da casa” é competente, dos melhores do ramo no Brasil, uma revelação do próprio América, que se despontou nacionalmente ao montar um excelente grupo no Cruzeiro e surpreender o país com a conquista de dois Brasileiros seguidos, 2013/2014.
Ele começou buscando Marcelo Oliveira, que fazia ótimo trabalho no Coritiba e os dois “garimparam” bons jogadores, pouco conhecidos até então e que não custariam caro ao clube. Uma liga que deu certo.
Dois mineiros que tiveram a rara oportunidade de mostrar seu trabalho em um dos nossos maiores clubes.


De uns anos para cá, eles passaram a importar treinadores, diretores e jogadores de qualidade duvidosa custando fortunas, sem justificar os altos investimentos.
O tempo passa depressa, a comunicação ficou mais acelerada com as novas tecnologias e a memória do brasileiro que já era curta, agora se tornou “vaga lembrança”, abrindo espaço para ingratidão e injustiças.
A torcida do Cruzeiro deve um reconhecimento especial ao Dr. Gilvan de Pinho Tavares, que foi o presidente que teve coragem de bancar Alexandre Mattos e Marcelo Oliveira.


Primeiro clube fora do “eixo” a quebrar a longa hegemonia dos endinheirados paulistas e cariocas, que se revezavam nas conquistas dos títulos do Campeonato Brasileiro.
Aliás, o Cruzeiro era ótimo nessas descobertas. Foi o Zezé Perrela quem descobriu e lançou o Eduardo Maluf, que tinha sido goleiro e depois presidente do Valeriodoce de Itabira.
Com o trabalho feito na Toca da Raposa, Maluf se tornou referência no Brasil, cobiçado pelos maiores clubes do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul. Mas ficou em Minas, porque o Atlético pagou mais para mantê-lo em Belo Horizonte.


Minas Gerais deveria valorizar mais os mineiros, comprovadamente competentes ao longo da história, dentro e fora dos gramados, com direito a vários “gênios”, muito acima de média.
Nem preciso citar nomes porque o Brasil e o mundo conhecem e reconhecem, mais que muitos próprios mineiros.

Está aí o técnico Leo Condé, fazendo sucesso no Vitória, campeão baiano este ano, campeão da Série B 2023, com jogadores “garimpados” a dedo, sem nenhum medalhão. Mineiro de Piau (perto de Juiz de Fora), já trabalhou no Tupi, Ipatinga, Villa Nova, Nova Iguaçu, Caldense, Sampaio Corrêa, Bragantino, Goiás, CRB, Botafogo-SP, Paysandu, São Bento, Novorizontino e agora Vitória. Nunca teve seu nome nem especulado pela imprensa para comandar Atlético, Cruzeiro ou mais recentemente o América, apesar da competência comprovada.

(Foto: twitter.com/ECVitoria)


Jovens promissores profissionais mineiros, fora das quatro linhas especialmente, têm de sair de Minas, mostrar serviço lá fora, para só depois serem notados e contratados pela nossa dupla mais endinheirada. Um exemplo atual é o Alberto Simão, que fez ótimos trabalhos como diretor de futebol da base do América, depois profissional do Tupi e Tupynambás de Juiz de Fora, Vila Nova e contratado pelo Palmeiras para comandar o departamento de futebol feminino do clube.

Alberto Simão, elogiadíssimo pela presidente Leila Pereira. (Foto: Luiz Guilherme Martins/Palmeiras)


No início deste ano um amigo jornalista da Austrália me disse que um jovem brasileiro, de Belo Horizonte, vem se destacando como fisiologista e analista de desempenho de alto rendimento em um clube de Gold Coast, cidade onde ficou a seleção olímpica brasileira na Olimpíada de Sydney em 2000 e a seleção feminina na Copa do Mundo de futebol do ano passado.
Para a minha satisfação fiquei sabendo que se trata do Henrique, filho do amigo Itamar e a Leda Alitolip.

O Itamar é um tradicional conselheiro do Cruzeiro, atuante junto a diretoria de um período de grandes conquistas no início dos anos 1990 de Benito, César e Salvador Masci.

(Foto: acervo pessoal)

O time em que o Henrique está trabalhando é o Ormeau FC, que no dia da sua contratação deu as seguintes boas vindas no site oficial do clube:

(Foto: OrmeauFC/divulgação)

“Bem-vindo Henrique Alitolip ao Ormeau FC como nosso novo treinador de alto desempenho!
Temos o prazer de anunciar a chegada de Henrique Alitolip à nossa comissão técnica do Ormeau FC! Henrique traz consigo um vasto conhecimento e experiência de sua passagem por conceituados clubes esportivos profissionais brasileiros, como o Minas Tênis Clube, onde aprimorou suas habilidades como cientista esportivo em vários esportes coletivos, incluindo futsal, basquete e vôlei. Suas funções anteriores em clubes de futebol renomados como Cruzeiro e Atlético Mineiro em suas categorias de base solidificam ainda mais sua rica experiência em desempenho esportivo. Henrique é Bacharel em Educação Física no Brasil (o equivalente a um Bacharel em Ciências do Esporte na Austrália).
A adição de Henrique representa um marco significativo para nós, pois ele vem equipado com um profundo conhecimento de carga de trabalho e monitoramento de bem-estar, juntamente com estratégias robustas de força e condicionamento destinadas a elevar o desempenho de nossos jogadores e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos de lesões. Henrique trabalhará em nosso programa FQPL3 e trabalhará em estreita colaboração com o técnico Nathan Mulhearn e Thiago Duarte (1º assistente de equipe e técnico sub-23).”

Todo sucesso ao Henrique, mais um mineiro fazendo sucesso mundo afora. E na Austrália, um dos melhores países que tive o maior prazer em conhecer e que oferece a melhor qualidadde de vida para quem mora lá.
Que um dia ele esteja trabalhando em um dos nossos maiores clubes, de preferência em Minas Gerais.


Atlético x Cruzeiro: empates com sabores distintos e clássico de nervos à flor da pele, sábado

Casa cheia e torcida única novamente em mais um Atlético x Cruzeiro na Arena do Galo (Foto: twitter.com/Atletico)

Atlético e Cruzeiro: com sentimentos e necessidades distintos

O 1 x 1 do Atlético em casa com o Criciúma teve sabor de derrota, o 1 x 1 do Cruzeiro com o Fortaleza no Castelão, de vitória, por todas as circunstâncias.
De novo o Galo frustra a sua torcida contra um adversário teoricamente dos mais fracos, dentro da Arena MRV, cuja pretensão é que fosse um “caldeirão”, onde o time ficaria imbatível por sequências de jogos, como já foi um dia no Independência.

Foto: twitter.com/Brasileirao


Não somar três pontos em casa, principalmente contra adversários tipo Criciúma não é nada animador para quem pretende brigar pelo título. O desempenho do ataque nessa partida foi muito ruim e o técnico Milito agiu mal ao tirar os três atacantes quando a fatura ainda não estava fechada. O time catarinense foi pro tudo ou nada e se deu bem, empatando por meio do Matheuzinho.

Foto: twitter.com/Brasileirao
Em Fortaleza o Cruzeiro resistiu bem ao ímpeto dos donos da casa que tinham como certos os três pontos. Tomou gol, mas não se apavorou, administrou bem a situação e mesmo sem o Lucas Romero, expulso aos 41 do segundo tempo, teve paciência e forças para buscar o empate.

Bom começo de Fernando Seabra à frente do Cruzeiro – Foto: twitter/Cruzeiro


O clássico de sábado será fundamental para ambos: injeção de ânimo no vencedor e crise no perdedor, logo na terceira rodada do campeonato. O empate deixa ambas as torcidas na mesma ansiedade, na expectativa se o time vai lutar na parte de cima ou de baixo da tabela de classificação.
Ruim, só o horário: 21 horas, mas se a TV que paga mandou que seja assim, que seja!


Três suspensos, mas não existe mais a necessidade de se comprar árbitros

(Foto: Reprodução/Divulgação)

Minha coluna no BHAZ:

Um mineiro, um paulista e um carioca. A CBF afastou os três árbitros lambões (pra não dizer coisa pior) que cometeram absurdos nos jogos da primeira rodada do Brasileirão 2024: André Luiz Skettino (Atlético-GO 1 x 2 Flamengo), Flávio Rodrigues de Souza (Vasco 3 x 2 Grêmio), e Yuri Elino da Cruz (Corinthians 0 x 0 Atlético).


Vivo estivesse, meu conterrâneo João Guimarães Rosa diria sobre este assunto: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”.

Mas, como ele se foi em 1967, aos 59 anos, fico com a hipótese levantada pelo Carlos Junqueira, que vez por outra nos honra com os seus comentários aqui no blog:
“… Chico e leitores do blog.
Há anos escrevi aqui o que vou escrever novamente. Não existe mais a necessidade de se comprar árbitros. Na minha modesta opinião o raciocínio é muito simples. Todos os juízes de série A (apesar de terem outra profissão) ganham provavelmente pelo menos 20 mil reais líquidos no somatório das partidas apitadas no mês.
Portanto, os mesmos sabem que se, na dúvida, prejudicarem os times do ”eixo” serão colocados na geladeira. A única coisa que estão fazendo é defender o ”leite” das suas crianças.
Os três juízes da rodada passada foram afastados desta vez, pois os erros foram absurdos (e em lances capitais) e a imprensa resolveu chiar, coisa pouco comum de acontecer. Vide o exemplo do juiz do jogo do Galo. O primeiro cartão aos 15 segundos de jogo para mim foi o mais emblemático. Até agora estou procurando a falta desclassificante do Bataglia que justificasse o mesmo. Apesar de o juiz poder dar cartão com um segundo, todos nós sabemos que nos primeiros minutos os juízes (pelo menos todos que eu tinha visto) são extremamente condescendentes com faltas passíveis de cartão. Além da lambança no lance do Fagner. Deu amarelo sem ter dado a falta (a bola sobrou para o jogador do Corinthians) e pelo que li, depois justificou que foi por causa do lance com o Arana (portanto tinha que ter dado o pênalti).
Na verdade os árbitros já vem com o pensamento repetitivo: não posso prejudicar em hipótese alguma os times queridos da CBF e da mídia.
Para ser campeão, não sendo time do Rio e São Paulo, tem que ser extraordinário ou despretensiosamente aparecer na reta final.”


E para quem já está me contestando sobre a cidade onde nasceu o fantástico Guimarães Rosa, direi que também está correta a contestação: foi em Cordisburgo, porém, em 1908, época em que o “Distrito da Vista Alegre” pertencia a Sete Lagoas.
Em 1911 passou a pertencer a Paraopeba e finalmente, em 1938, foi emancipada e continua sendo uma das mais belas e acolhedoras cidades de Minas.
Além de Guimarães Rosa, tem a Gruta do Maquiné e um povo extraordinário. Vale demais uma visita demorada a Cordisburgo.

(Foto: Reprodução/Divulgação)


Arbitragens foram os maiores destaques da primeira rodada do Brasileirão 2024

Diz o jargão que “arbitragem boa é a que não é notada durante a partida”. Verdade verdadeira! Sendo assim, começou mal a temporada nacional com erros escandalosos, principalmente em três partidas. Melhor dizer que foram erros involuntários, já que é impossível detectar delito só pelo que se vê durante um jogo de futebol.
Prefiro acreditar em erros, mas com tanto dinheiro envolvido no futebol e tantas histórias comprovadas, é bom sempre ficar com um pé atrás.


No Corinthians 0 x 0 Atlético, o carioca Yuri Elino Ferreira da Cruz foi rigoroso no tratamento ao Battaglia e mansinho na violência contumaz do Fagner, na cara dele, a um metro de distância, quando o corintiano quase arrebentou o joelho e a coxa do Zaracho.
Fagner é useiro e vezeiro desse tipo de violência. Como estamos no país da impunidade, num dos próximos jogos, repetirá. Na cara da arbitragem. E fica por isso mesmo!

Até a imprensa paulista desceu o cacete nesse carioca, como o ex-jogador Neto e equipe do programa dele na Band:

Impressionante também o paulista Flávio Rodrigues de Souza, que aprontou contra o Grêmio na derrota de 3 x 2 para o Vasco, em São Januário. O mesmo que apitou Atlético 3 x 1 Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro. O mais estranho é que ele deu pênalti a favor do Atlético numa bola na mão quase imperceptível do Lucas Silva e não agiu da mesma forma com o Lucas Piton, do Vasco, quase que segurando a bola dentro da área, contra o Grêmio. Em ambos os lances ele foi alertado pelo VAR, mas Minas, deu pênalti, no Rio, não.
Que critério é esse? E a imagem está rodando nas redes mundo afora:

https://twitter.com/i/status/1779682793678573573

Pra completar as lambanças de árbitros dos três estados mais fortes do futebol brasileiro, o mineiro André Luiz Skettino Policarpo Bento, ferrou o Atlético-GO, derrotado pelo Flamengo no estádio Serra Dourada por 2 a 1. O presidente Adson Batista, do time goiano disse depois do jogo: “Sobre a arbitragem, uma boa parte é uma vergonha, é uma máfia. Eles entram em campo para fabricar resultados. Eu vivo o futebol 24 horas por dia e ganho tudo no suor, no trabalho. Tenho um time que não tem dívidas, que é equilibrado. Fazer futebol sério é muito difícil. O Flamengo não precisa disso, é um grande clube e tem muita qualidade. O Atlético-GO jogou de igual para igual”.

@chicomaiablog

Lembrando deste livro autobiográfico do Walter Clark, ex-vice do Flamengo, anos 1980, um dos criadores da Globo. Lá ele diz: “…se pensam que não se compra mais árbitros de futebol, os senhores estão redondamente enganados…” A 1a edição foi em 1991, a 2a em 2015. Atualíssimo!


Bom começo do Fernando Seabra no Cruzeiro. E poupado do constrangimento de deixar o Rafael Cabral no banco

Foto: twitter.com/Mineirao

O adeus sem despedida do Rafael Cabral e a virada do Cruzeiro sobre o Botafogo

Daqui uns dias pode ser que o mala endinheirado, dono do Botafogo, dê entrevistas diretor dos Estados Unidos dizendo que tem esquema de arbitragem contra o time dele. Só falta isso!
Ótima estreia do Fernando Seabra no comando técnico do Cruzeiro. Foi poupado do constrangimento de mandar o Rafael Cabral para o banco, já que o próprio goleiro jogou a toalha. Que seja feliz em outra freguesia. Foi muito útil à Raposa, mas o momento era muito ruim, sem clima com a torcida. A ida dele foi boa para todos.


Seu substituto, Anderson, foi aplaudido pela torcida e fez uma boa partida. Mesma torcida que vaiou o zagueiro Neris, mas que foi mantido como titular e jogou o tempo todo. Personalidade do novo treinador do Cruzeiro, que mostrou com isso que não vai se submeter a pressões para escalar o time.
Uma bela virada: começou perdendo: Tiquinho Soares (4 minutos do primeiro tempo), Lucas Silva 1 x 1 aos 19, Rafa Silva aos 19 do segundo, Danilo Barbosa 2 x 2 (37) e Rafael Elias, 3 x 2 aos 47, no “apagar das luzes”, com 20.701 presentes no Mineirão.


Com um a menos durante a maior parte do jogo, uma boa estreia do Atlético contra o Corinthians

Otávio fez mais uma boa partida pelo Galo. Foto: twitter.com/Atletico

Minha coluna no BHAZ:

Muito boa, individual e coletivamente, a estreia do Atlético contra o Corinthians

Jogo bom de se assistir no Itaquerão. Os dois times querendo a vitória, jogando duro, mas se respeitando. O Galo não se intimidou, do princípio ao fim, e mesmo depois da expulsão do Battaglia, aos 48 do primeiro tempo não recuou. O meio campista atleticano já tinha tomado cartão amarelo aos 40 segundos de jogo por uma entrada mais dura.

No segundo tempo, o técnico Milito voltou com Igor Rabello no lugar de Igor Gomes. Recompôs aa defesa e manteve o time encarando os donos da casa. Aos 37 ele tirou Paulinho para a entrada de Scarpa, Aos 44 saiu Hulk para a entrada de Vargas. Aos 46, Scarpa bateu uma falta perto da área, nas mãos do Cássio. Aos 51, bateu outra e obrigou Cássio a fazer a melhor defesa da partida, espalmando pra fora uma bola que ia entrar na gaveta direita.

A lamentar a vista grossa feita pela arbitragem à entrada criminosa do Fagner no Zaracho. E o jogador do Corinthians não tomou cartão, mesmo sendo jogada mais violenta que as que motivaram a expulsão do Battaglia.

No twitter o @TBOesportes fez ótima observação a respeitto: “O lance do Fagner era para CARTÃO VERMELHO. O VAR na Neo Química Arena deve estar curtindo o programa da Eliana ou do Rodrigo Faro para não ver o lance crimonoso do Fagner”

Arbitragem do Rio de Janeiro: Yuri Elino Ferreira da Cruz, auxiliado por Rodrigo Figueiredo Correa e Thiago Henrique Neto Correa Farinha. O VAR com Daniel Nobre Bins.

 (Foto: twitter.com/Brasileirao)